quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Chegandoooo...




"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias."


(Pablo Neruda)

domingo, 29 de agosto de 2010

"Fazer da vida um grande carnaval"



“Fazer da vida um grande carnaval”

Eu nem lembrava, mas de repente essa frase surgiu na minha mente como um lampejo, entre as divagações de boêmios bebendo água num domingo á noite. Aqueles domingos em que todos estão aturdidos com a chegada da segunda-feira, com as tarefas deixadas, ou com a necessidade de dormir cedo, mesmo sabendo que quando a cabeça tocar o travesseiro, o sono não chegará.

Nós, perdidos em pensamentos, corremos por entre as palavras na busca de mágica, essas que só as crianças conseguem fazer. E onde nós tentamos imaginar um mundo onde fantasia, criação, palavras, risos e piadas cretinas são as melhores escolhas diante do drama doentio da realidade constante...

Preferimos perder a noite com dor de barriga de tanto rir, e quando acordar perceber que o dia sonolento valeu pelos fragmentos de vida que se teve, porque viver é isso. Esperar pelo amanhã, para rir ou chorar, é tempo demais. E viver loucamente, é deixar-se viver. Afinal, sentir o vento, não correr da chuva, deixar a rotina de lado, e a monotonia para trás, é fazer a vida não passar sem ser percebida, sem deixar de ser sentida como um carnaval que tarda a chegar e que de repente acaba num piscar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Frase para o fim da tarde de terça...

“Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente ideia”.
(A garota das laranjas, p. 110).
Jostein Gaarder

domingo, 25 de julho de 2010

"Ó capitão, meu capitão."


“Pegue seus botões de rosa enquanto pode”

Essa é uma das grandes frases no filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, que comecei a assistir mais uma vez, nesse domingo solitário. Poderíamos dizer também: Carpe Diem, aproveite o dia.

Aí eu vou me questionando enquanto o filme roda, e outras frases vão me instigando e inspirando ao mesmo tempo. Como estou aproveitando o meu dia? Se não vejo estrelas, e não sou capaz de lembrar como o sol se põe. E as antigas poesias, onde ficaram? E as paixões, o romantismo, o verdadeiro sentido, para onde foi?

“Não lemos nem escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos humanos. A raça humana está repleta de paixão.”

“(...) poesia, beleza, romance, amor, é para isso que vivemos.”


Sociedade dos Poetas Mortos, é um filme um tanto antigo, mas de uma essência poética e filosófica bastante intensa. A história passa-se numa escola para meninos, onde um novo professor irá mudar a forma de pensar desses jovens, e certamente, poderá mudar o destino de cada um deles. Onde a idéia é transformar nossa vida em algo extraordinário.

“Ó eu! Ó, vida!
Entre as questões que reaparecem
Os trens desesperançosos,
Cidades cheias de tolos
O que há de bom entre eles,
Ó eu? Ó, vida!
Resposta.
Estar aqui
A vida existe e a identidade
Essa brincadeira de poder continua
E você pode contribuir com um verso.”

(Whitman)

Esses foram os meus versos hoje:

Domingo silencioso, solitário.
Abro as janelas e deixo o sol entrar,
Um segundo depois, é a chuva que começa a rolar...
Uma hora depois, e eu não me deixo enganar,
Deixo-me dominar pela angustia
Que não me permite ler,
Que perturba meu sono,
E rouba lágrimas que não correm,
Essa é a poesia de hoje.
(Daísa)

“Fui a floresta porque queria viver de verdade. Eu queria viver profundamente e tirar toda a essência da vida."
(Henry David Thoreau)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Romance




Romance

Mais um dia chuvoso começa a brotar na cidade, as horas vão avançando e a madrugada vem chegando. Eu, incansável caçadora de letras e histórias arrumo meu café, faço da chuva música e penso em criar um conto para o “Romance” que á poucas horas atrás rodava na TV. Bato o café mais um pouco...

Já ouvi inúmeras criticas a respeito do cinema nacional, mas a cada filme brasileiro que vejo, tenho a nítida impressão que essa arte em nosso país vem adquirindo seu espaço, a cada ano, com maior competência e qualidade, é claro, com suas devidas ressalvas.

O filme Romance, lançado em 2008, conta a história de amor de dois atores de teatro que encenam o trágico romance “Tristão e Isolda” (este é um dos maiores romances da histórica que, por sua vez, inspirou outras histórias de amores impossíveis). Interessante é o diálogo em que os personagens travam sobre o amor e o casamento, as interrogações sobre realidade, ficção, sobre a paixão e seu tempo.

A literatura contida nas falas dos atores e os toques teatrais tornam essa construção cinematográfica uma linda construção de arte.

Preciso ir... meu café está pronto...Até breve amigos!


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pride and Prejudice


Dia chuvoso e frio... muitos estão aguardando neve, outros esperam que nos próximos dias volte a fazer calor... Eu espero conseguir escrever mesmo com os dedos congelando...

Esses dias lembram-me Jane Austen, em suas páginas já amareladas, lembram-me das tardes em que me debrucei no silencio para ler “Orgulho e Preconceito”. Já faz algum tempo que cultuei tal leitura...

Orgulho e Preconceito foi o primeiro livro que li da indescritível Jane Austen. A obra foi publicada pela primeira vez em 1813.

O livro tem como personagem principal Elizabeth Bennet, uma jovem intensa em suas critica em relação à sociedade da época e as tantas coisas que se dá importância em uma sociedade. Em torno disso as relações familiares, os laços afetivos que se constroem e tantos outros que serão destruídos.

Na minha opinião o livro é fabuloso, lindo, contendo uma história de amor doce, mesclado as ironias e criticas a toda uma época, uma sociedade. Certamente é um dos meus preferidos.
O Livro recebeu algumas adaptações para o cinema, a última foi em 2005. Versão muito bonita, por sinal.

Fica a dica para o final de semana: Orgulho e Preconceito, em livro ou filme...

Bom Final de Semana Amigos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Frase para Quinta!!!!


"Acho a televisão muito educativa.
Toda as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro"


Groucho Marx

domingo, 11 de julho de 2010

Todos os Nomes



“Um princípio como o de toda a gente, as grandes e pequenas diferenças, vêm depois, alguns dos que nascem entram nas enciclopédias, nas histórias, nas biografias, nos catálogos, nos manuais, nas coleções de recortes, os outros, mal comparando, são como a nuvem que passou sem deixar sinal de ter passado, se choveu não chegou para molhar a terra.”
TODOS OS NOMES, é mais uma obra do português José Saramago, foi escrito em 1997, e refere se a busca incessante de José, personagem principal da trama. Funcionário da Conservatória Geral do Registro Civil, José é um homem solitário que numa noite resolve entrar na Conservatória Geral para buscar recortes de pessoas famosas. Nesse contexto acaba por emaranhar-se num mundo de semelhantes, de todos e de nenhum. Assim começará a mudança na vida monótona de José, que irá deparar-se com um mundo novo, cheio de acontecimento e descobertas.

“O sentido de cada palavra parece-se com uma estrela quando se põe a projectar marés vivas pelo espaço fora, ventos cósmicos, perturbações magnéticas, aflições.”

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Notícia de um Sequestro.


O Livro de hoje, depois de tanto tempo sem resenhar por aqui, é Notícia de um Sequestro, obra do grande Gabriel García Márquez, sim o grande. Gabriel é um dos meus escritores favoritos.

A narrativa, que por sua vez não é ficção, refere-se aos sequestros de alguns jornalistas, pessoas públicas e de influencia política na Colômbia. A construção da se a partir de relatos e dos diários escritos pelos sequestrados, enquanto estavam em cativeiros. Aí se relata os dias nos claustros, da expectativa de serem libertados, ou da angústia diante da possibilidade de terem suas vivas esvaídas, perdidas diante dos conflitos de interesse de Pablo Escobar, o famoso traficante de droga colombiano. O sofrimento dos familiares e amigos que da mesma forma viam-se trancados em suas esperanças de liberdade.

Para aqueles que gostam da literatura latina, ou para aqueles que ainda não conhecem as obras de Márquez, ou ainda, aqueles que gostam de leituras baseadas em fatos reais, será fabuloso viajar pelas páginas desse livro. Sugestão para essa quinta-feira de serração.

Até breve amigos!

terça-feira, 6 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Divagação

18:41 exatamente, encontro-me jogada em meio a estantes de livros da biblioteca, na minha mente surge mais uma teoria, pensada no andar de uma semana tumultuada. Sim, divagação do meio da tarde, do amanhecer, filosofia vã que brota no soar de canções, de breves reflexões, de intensos momentos de isolação diante de mim. Enfim, gostaria de compartilhar com aqueles que andam errantes como eu, e algumas vezes tropeçam pelos endereços desses incompreendidos, abortando idéias. Por hoje a idéia que se apodera em mim é que:

“Pode ser que a vida não passe de um talvez”

Questiono-me sobre como alegar tal afirmação. E o mais belo é deixar tudo assim, interrogações, para que cada um possa imaginar e pensar sobre os "talvez" que trás em sim.
Talvez sim... ou não...

segunda-feira, 28 de junho de 2010



"A room without books is like a body without a soul."Cicero (106 BC - 43 BC)

"Uma sala sem livros é como um corpo sem alma."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago




Hoje, pela manhã, quando abri alguns sites de notícias levei sobressalto ao deparar-me com as manchetes: Morre, aos 87 anos, José Saramago.

Uma estranha sensação de vazio tomou-me. Pensar na vida, nas obras, nos livros que o primeiro Prêmio Nobel Português deixou. Ao que dizem esses mesmo sites, um expoente da literatura mundial que possui uma saúde frágil, morreu serenamente ao lado da família.

Não creio que palavras possam expressar, até mesmo significar algo. Afinal, não são todos que morrem, não completamente. Infinito torna-se diante das mágicas que arquitetou em cada livro, cada frase, cada palavra intensa.


Espaço Curvo e Finito

Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.


JOSÉ SARAMAGO.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ensaio Sobre a Cegueira



Bom esse post é dedicado ao amigo Marcelo, que está lendo a obra a que me remeto aqui. E minha sugestão de leitura para aqueles que ainda não leram.

O escolhido de hoje é o “Ensaio sobre a Cegueira”. Este é o primeiro livro que leio de José Saramago. Na verdade após uma longa resistência, resolvi adentrar-me no universo desse sábio mestre.

Ensaio sobre a cegueira é um dos mais conhecidos livros desse autor, uma vez que o mesmo já foi adaptado para o cinema. Julgo dizer que, com razão, o conteúdo dessa história é riquíssimo, e por muito fez colocar-me de frente a mim mesma e interrogar-me sobre a minha “visão”.

“Não há bem que sempre dure, nem mal que ature, ou, em versão literária, Assim como não há bem que dure sempre, também não há mal que sempre dure, máximas supremas de quem teve tempo para aprender com os baldões da vida e da fortuna, e que transportadas para a terra dos cegos, deverão ser lidas como segue, Ontem vimos, hoje não vemos, amanhã veremos, com um ligeira entoação interrogativa to terço final da frase, como se a prudência, no último instante, tivesse decidido, pelo sim, pelo não, acrescentar a reticência de uma dúvida à esperançadora conclusão.”

Ensaio sobre a Cegueira, relata sobre a repentina falta de visão, ou a visão branca que começa a atingir toda a população. Entretanto alguém continua a enxergar. Porque?

“levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo
onde talvez ainda exista uma alma(...)”

Em suas 309 páginas vamos descobrir sobre o bem e o mal presente em cada indivíduo, desvendando razões e sentimentos. Refletir sobre nossa própria cegueira.

“Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, como se tivesse a ver-lhes a alma (...) Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”
Até breve.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Elegância do Ouriço.




A Elegância do Ouriço.


O Livro A Elegância do Ouriço, escrito por Muriel Barbery, foi publicado em 2006, e logo ganhou milhares de leitores sendo uma obra contemporânea surpresa.
Sua temática refere-se aos habitantes de um condomínio rico e elegante de Paris, sendo uma história contada pela zeladora do prédio, mesclando-se com os pensamentos contidos no diário da jovem adolescente Paloma.
Divertido, envolvente, reflexivo, são algumas das características que ficou em mim sobre A Elegância do Ouriço.

Segue um trecho q me ganhou:


“Refletindo sobre isso, esta noite, como o coração e o estômago em migalhas, pensei que, afinal, talvez seja isso a vida: muito desespero, mas também alguns momentos de beleza em que o tempo não é mais o mesmo. É como se as notas de música fizessem uma espécie de parênteses no tempo, de suspensão, um alhures aqui mesmo, um sempre no nunca.”
“Sim, é isso, um sempre no nunca.”

Frase do Dia!



"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores."
(Charles W. Elliot)

domingo, 6 de junho de 2010

O Dia do Curinga!






O Dia do Curinga!

“Criaturas da imaginação saltam do espaço que cria para o espaço criado. Mágico tira figuras da manga do paletó e elas descobrem que têm vida própria. Criaturas são belas, mas todas perderam a razão, exceto uma.
Só o curinga do jogo não se deixa iludir.”



Quando resolvi criar o blog, logo veio a mente o livro “O Dia do Curinga”. Certamente, um dos melhores livros que já li. Narrativa fantástica criada por Jostein Gaarder. A história envolvente e repleta de pensamentos filosóficos relata a viagem à Grécia de Hans Thomas, um garoto de 12 e de seu pai, um homem apaixonado por filosofia. Juntos, eles desejam encontrar a mãe e esposa que à muito, os abandonou. Pelo caminho coisas estranhas vão acontecendo: um pequenino livro, uma lupa, pães...
Como Hans Thomas envolve-se aos mistérios que o cercam eu também fui sendo enlaçada pelo mundo fantástico criado em “O dia do Curinga”. Segue oito motivos para ler “O Dia do Curinga” (contribuição de Marco Antônio).


Seguem 8 motivos para ler "O Dia do Curinga":

1. "Deus está lá no céu e ri das pessoas que não acreditam nele."

2. "Sim, eu pareço ser o corpo do mundo."

3. "Existem cerca de cinco bilhões de pessoas neste planeta. Mas a gente acaba de apaixonando por uma pessoa determinada e não quer trocá-la por nenhuma outra."

4. "Quando a gente entende que não entende alguma coisa é que a gente está prestes a entender tudo."

5. "Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele."

6. "Na Terra, a vida pulsa de forma desordenada, até que um belo dia nós somos modelados... com o mesmo e frágil material de nossos antepassados. O sopro do tempo nos perpassa, nos carrega e se incorpora a nós."

7. "Enquanto somos crianças, ainda possuímos a capacidade de experimentar intensamente o mundo à nossa volta. Com o passar do tempo, porém acabamos por nos acostumar com o mundo. Ser criança e se tornar adulto é como embebedar-se de sensações, de experiências sensoriais."

8. "Nem tudo o tempo reduz a pó. Sempre há um curinga no baralho, que atravessa os séculos fazendo seus malabarismos sem perder um dente de leite sequer."