quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia 12 de junho...



Hoje o dia nasceu com um ar diferente... Pareciam que as árvores haviam substituídos suas folhas por pequenos corações vermelhos em papel brilhoso, nas redes sociais, todos expressavam seu amor... As lojas de chocolate estavam lotadas, produtos esgotados...
Suponho que nunca vi tantos homens que andavam pelas ruas carregando os mais diversificados tipos de flores e embrulhos de presentes... Eram adolescentes, jovens, senhores... E mulheres que entre bolsas e casacos carregavam rosas vermelhas... Casais que andavam de mãos dadas, expressavam-se livremente entre beijos, abraços, risos soltos... Nas esquinas mais alguns chamavam atenção para as suas rosas: vermelhas, brancas, amarelas...
Vi fotos de todos os tipos, coloridas, em preto e braço... Em todas elas haviam pessoas que sorriam juntas...
No meu canto tudo permanecia em silêncio, o telefone, o interfone, a campainha... Fiz o mesmo caminho, carreguei os mesmos livros, a mesma bolsa, mas hoje algo estava diferente e eu senti algo bom diante do dia pintado de doce.
E eu pensei que, de repente, todos os dias poderiam ser o dia de hoje, não de compras infindáveis, mercadorias mil, não... Mas de sabermos o quão importante é ter alguém para sorrir junto, para guardar em fotos os risos e na memória a história, alguém que saiba que o que realmente importa é caminhar junto.
E que ter amor e ser capaz de entregá-lo a alguém é divino...
Pensei que, já deveríamos saber demonstrar aquilo que não deve ser escondido, porque não há motivo... Porque, na verdade, não vale a pena viver sozinho... O que vale apena, é arriscar sem ter pena, estender a mão, puxar se for preciso...
O Amor não precisa de dia, não tem dia, todo dia é dia... Amor mesmo é para ser celebrado a cada instante...

Amor é descobrir que lar de verdade, é no colo de alguém, é reconhecer no abraço do outro o seu lugar no mundo...