segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Uma vez eu queria fazer mestrado!



Humanidade respeite quem ainda tem sonho!


Houve um tempo em que eu almejava fazer um mestrado, sem objetivar ter um título, um papel pendurado na parede, sem um meio para alimentar meu ego, nem um título a ser apresentado, nem uma forma de obter alguma renda financeira.
Houve um tempo que eu desejei fazer mestrado, pois sabia que o meio acadêmico era o meio em que eu acreditar ser possível buscar um resultado diferente, onde se poderia repensar o mundo, a sociedade, porque era o meu meio para defender a vida animal.
Houve um tempo em que eu acreditei nos meus ideais e tentei seguir. Nesse mesmo tempo as portas foram fechadas, barradas a ferro. Motivo: Ninguém pesquisa direito animal, não há linha de pesquisa, não há orientadores, não há bolsa disponível, nem pessoas interessadas.
Pois bem, aqui estou eu, sem interesse em qualquer reconhecimento, sem interesse em qualquer sucesso financeiro, sem esperar mérito ou confetes na cabeça.
Eu só sou alguém tentando fugir dessa grande bola de neve, sair do giro das mesmas pesquisas que não dizem nada, que não mudam nada, mas que geram algum estrelismo entre os corredores do mundo acadêmico.
Eu só sou alguém que se sente comprometida com a causa animal e que tem, dia a dia, se esforçado para, de qualquer forma, buscar o devido respeito à vida animal, sem qualquer interesse além desse.
Mas aqui não há espaço para quem quer fazer diferente, para quem quer mudar de ideia, para quem quer pensar diferente e repensar e pensar outra vez.
Aqui, você perde a noite de sono, pensando no que as pessoas disseram sobre trocar de tema se quiser entrar no mestrado ou trocar de cidade ou de país, ir para um lugar onde já se possa ter outro pensamento.

No fim, pode ser que eu não entre no mestrado, porque eu não vou abandonar meus ideais, nem vou deixar de lado o compromisso que eu assumi com a defesa da vida animal. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O que será que será?


Troquei a TV pela vista de uma janela, ali pude ver a novela sem ver o final... Sentei no chão, sonhei que uma voz do passado que reclamava por não ter esperado...
Esperei... 
Sobre muita coisa eu fiquei no “não sei”...
Continuo sem saber, vou sem entender o porquê... E por que, afinal, tenho que saber? De repente, eu só preciso aprender, é a lição de casa dessa temporada, tarefa para passar para a próxima série, a vida é uma escola, não é?
Deixa passar, deixar ficar o que restou para ficar... Deixa para lá, para e para de pensar...
Volta atrás e vai ao velho mundo ou deixa para trás o que há de deixar e começa agora, aguenta o frio que a estação manda aguentar...
Voltar ao velho mundo, atravessar o mar ou fazer o mundo, aqui, girar? Pintar a parede ou colar o papel na parede? Levantar uma nova parede ou reformar, concertar ou jogar concreto nas rachaduras?
Chorar ou engolir?
Inventar a felicidade ou voltar ao que parecia feliz?
Ir em frente, optar em dançar no ritmo da música, não esperar para saber qual é o próximo ritmo que irá tocar... Vem pra roda, deixa o resto pra lá, não adianta esperar, ver no que vai dar, o que pode dar... Não dá...
Compreenda que há muito para não se compreender e sobre isso não adiante se prender, deixa-se viver, deixa-se crescer, no fim sempre é como deve ser... Só se pode ser...
O que será, sempre poderá ser e o que tiver de ser será...

Ou, de repente, quem sabe, não sei, quem sabe eu me encontre em Pasárgada, mas devo continuar sem saber...