domingo, 20 de janeiro de 2013

Porque escrevo...


Como se não houvesse outro caminho, outro destino, outra sina, outro rumo já traçado, já riscado, mencionado ou planejado, escrevo... Mesmo no escuro, ouvindo o vento, de porta fechada e maquina de lavar ligada... Escrevo porque lançar palavras é ter pulsação, é saber que a vida acontece e corre... É compreender que não se pode fugir daquilo que se é... Escrever é o ar que preciso para sobreviver...

E assim, sem tempo, contratempo, meio termo, compasso e descompasso, debruço-me sobre pedaços de papel largados ao acaso e escrevo, já não posso fugir de mim, nem esquecer que pretendo morrer de fome e escrever: memórias, criações imaginárias, invenções, poesia da alma, outras histórias...

Depois de tantas tentativas de frustradas, de fugas fracassadas, recaídas e ressacas, aceito... Volto e escrevo...

Mas agora, hei de ter sempre palavras flutuando pelo (meu) universo e um retalho em branco por perto, e uma caneta, um lápis, um giz de cerra ou até mesmo um pedaço de tijolo que me permita riscar a calçada, que me permita viajar no espaço, estar fora desse mundo e estar salva da loucura doentia, psicopatia... Assim continuarei a respirar e serei capaz de sobreviver...

Que a poesia, a escrita, as histórias ou as palavras continuem sendo o remédio capaz de curar, de salvar...

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