Falo do que julgo injusto,
Julgo sem nunca ter sabido
julgar,
Julgo por que agora aprendi a
falar...
Mas não a lhe falar...
Acabo sempre calando,
Guardando o que nunca se
conseguiu acabar...
Eu que nunca entreguei na bandeja
Os pingos da chuva que não
molharam,
Deixei que a manhã lhe levasse
Pra minha terra,
Para o meu planeta...
Só com você deixei-me voar,
Deixei-me, livremente,
Fazer a poesia flutuar
E divagar pelos caminhos que
quisesse estar...
Retorno sem beber vinho tinto,
Retalhos de sono,
Reflexo da noite em claro:
Bar, violão, mão,
Chuva...
Dos pingos que não molharam
Transformaram-se as lágrimas que
rolaram.
E nos meus braços gelados,
Há de perdurar no tempo
O toque quente...
Então,
Segura firme,
Juntos, estamos em casa,
Lado a lado sabemos o que é ter
lar...
Na Terra do Nunca o mundo também
pode acontecer...
Há de se espera o dia nascer...
Eu não espero dizer adeus...
Não quero dizer adeus.
Quero saber da visão que você
teve de cima,
Vou abanar e dizer “Olá”...
E eu, que sentimentalmente a
ninguém pertenci,
Perdi,
Divago entre rosas e espinhos,
Mas tão livre me faço,
Que eu só quero voar,
Sem saber onde vou dar,
Sem saber se haverá neblina,
Dias cinzas,
Trovoadas e ventanias...
Os anos, eu os vi...
E as canções, agora, aqui,
Guardam o nosso planeta,
Ele, intacto, novamente,
Ficou...
É apenas o começo...
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