Não passo de uma criança pequena que bebe as
incertezas da vida e degusta cada gole de amargura...
Não passo de criança frágil, que finge viver
na normalidade, mas que se esconde atrás do copo e espera um fim de noite
manso... Ele não chega...
Não passo de uma sonhadora romântica, que se
move na mesma intensidade que seus ideais, mas que para se fazer grande caminha
na ponta dos pés...
Não passo de uma poetisa que tem traçado nas
curvas do corpo os sentimentos do mundo, que fica chorosa em dia de ressaca,
que inventa a promessa falsa e mente estar segura...
Na minha mão ninguém segura...
Poetisa que quer amar, poetisa que declara
amores, mas eles não passam de reflexos esquizofrênicos, delírios da sua loucura...
Ela conhece o que lhe é inconcebível e nem a divagação filosófica poderá criar um
novo conceito de romance.
Não passa de um passo em falso... De pés
descalços, desfaz os laços, deixa no caminho somente os traços, da memória
ficam os lapsos...
E sem colo ou canto, fico quieta no meu
canto, minha espera segue e está repleta de encanto...
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