Na bolsa, pedaços de papel, são os resquícios
da noite...
Depois dos pés não há chão, estamos indo pela contramão... E se não
devo acreditar no filme, ainda tenho que dizer que a realidade é um pouco pior,
estamos todos fazendo, sempre, nós...
Não sabemos o que temos nos embrutecemos, nos
esquecemos... Tem sorte quem guarda lembranças, entra de novo na dança e
deixa-se molhar quando a chuva alimenta a esperança...
Já não criamos novos caminhos e o medo acaba
minando o destino, dizemos não, acabamos na multidão, não damos as mãos,
preferimos o não, não tentamos pintar, de outra cor, o chão... A indiferença é
a nossa sentença...
Acabo adormecendo, sonhando com todos os
desejos que acabaram indesejados... Acaba-se o dia e da janela contempla-se a
noite que se aproxima a gente pensa no impensável, e questiona quem está sobre
as luzes distantes, quem sabe sejam as luzes da sala ou do quarto...
Quem
sabe, a gente pensa que pensa quando na verdade nunca pensa em nada...
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