Desonra...
Que grande honra...
Acabo
de desfazer nossos feitos,
Escondi
a caixa no beco,
Apaguei
seus traços com a memória...
Não
tive nem tenho glória...
Mala
feita,
Mãos
vazias,
Alma
limpa,
Sigo
sozinha,
Mas
do lado ainda mora a vizinha...
Transcorro
em versos,
Eu
sei o que a vida é capaz de negar,
O
que você não é capaz de julgar,
Escolha
não é seu lugar,
E
eu não sei mendigar...
Castelos
de cartas em reverso,
Os
rabiscos estão no verso.
No
outro canto,
Fotos
nas mãos,
Meus
passos firmes na ilusão...
Depois
do muro ainda existe emoção...
Já
não precisa dar às costas,
Eu
já levantei do chão,
Já
aguento os pés calejados
E
tenho força nas mãos...
Mas
eu não teria dito não,
Eu
ia ao ritmo da canção...
Eu
seguia o som do sopro
E
respirava forte na subida da escada,
Eu
aguentaria a saudade,
E
abraçaria de graça depois do pesadelo,
Na
noite abafada...
Eu
poderia fingir que não existe adeus nos trilhos,
Nem
na estação...
Eu
entendi o abano,
Já
longe,
Em
outro país.
Mas,
hoje, você continua aqui,
Implicando
com meu nariz...
Eu
estou sempre por um triz...
Já
não podemos fingir,
Não
adianta mentir...
Quem
sabe, seria aqui...
Ali...
Depois
da curva,
Antes
da chuva...
É
preciso sair da dúvida,
É
preciso saber do sentido que se sente sentir,
E
conhecer o que se diz...
Não
é somente paixão...
E
eu estou estendendo a mão...
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