Conversas
sobre o amor, tão vago, tão desproporcional, tão sem vigor...
E você me
questiona sobre os casos de hoje, eu digo que não caso, jamais.
Uma vez um
conto de fadas, é sempre para mais, e para não ter outro, nunca mais.
Eu não sei se
fui esquecida, ou aquecida, se virei à bela adormecida, se sequei ou apodreci.
Causo-lhe medo,
porque não sofro, porque a ninguém cabe meus olhos pequenos emaranhados de
desgosto.
Eu não sofro porque sei quem merece meus
sonhos...
Hoje é dia
de aniversário, eu não chorei, mas vou beber pelos anos que se passaram, com
bolo de chocolate e vinho barato...
Eu beberei e
esquecer-me-ei dos fantasmas que nada deixaram em mim, eu fecharei os olhos,
como sempre, e eu dançarei nos seus braços e eu vou sentir as suas mãos...
E eu não
perderei tempo teorizando sobre o amor, não procurarei tantos conceitos, tantas
definições, tantas frases prontas que nada, nunca, me disseram...
Porque eu já
sei e agora, sem desejos nem beijos, eu danço a memória.
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