sexta-feira, 4 de maio de 2012

A dança da memória...



Conversas sobre o amor, tão vago, tão desproporcional, tão sem vigor...  
E você me questiona sobre os casos de hoje, eu digo que não caso, jamais.
Uma vez um conto de fadas, é sempre para mais, e para não ter outro, nunca mais.
Eu não sei se fui esquecida, ou aquecida, se virei à bela adormecida, se sequei ou apodreci.
Causo-lhe medo, porque não sofro, porque a ninguém cabe meus olhos pequenos emaranhados de desgosto.
 Eu não sofro porque sei quem merece meus sonhos...
Hoje é dia de aniversário, eu não chorei, mas vou beber pelos anos que se passaram, com bolo de chocolate e vinho barato...
Eu beberei e esquecer-me-ei dos fantasmas que nada deixaram em mim, eu fecharei os olhos, como sempre, e eu dançarei nos seus braços e eu vou sentir as suas mãos...
E eu não perderei tempo teorizando sobre o amor, não procurarei tantos conceitos, tantas definições, tantas frases prontas que nada, nunca, me disseram...
Porque eu já sei e agora, sem desejos nem beijos, eu danço a memória. 

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