Daqui da onde estou sentada eu
observo através de uma grande janela. Diante da janela de vidros limpos vejo o
universo que se expande entre o quadrado da janela. Aqui não estou diante de
árvores podadas pela metade, não estou ouvindo o barulho ao longe que vem da
rua.
Aqui o que vejo é algum reflexo
da vida em movimento. Aqui, sentada, observo os gatos perdurados nas sacadas,
estão eles esperando a chegada do sol, estão eles respirando o ar gelado do
anoitecer enquanto seus donos não chegam.
Aqui sentada observo quem vai,
aguardo quem está para chegar...
Daqui da janela, olha para a rua,
carros estacionando, carros arrancando.
E eu volto a olhar para os gatos
pendurados, comendo no parapeito da sacada, pegando sol, estão os gatos também
observando o movido da rua, enquanto se acomodando e se escoram na tela de
proteção...
Eu não havia percebido quantos
gatos vizinhos existiam por aqui. E eles estão pendurados, estão ronronando,
estão no parapeito da sacada pegando sol e dormindo... E eles dormem e se
aquecem no sol sem que importar com os cães que latem...
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