terça-feira, 6 de maio de 2014

Enfim...

Tenho a necessidade de escrever, mas não sei bem por onde começar...

A verdade é que hoje o dia não começou muito fácil, ter de encarar os medos não é fácil...

Quando sei que alguém próximo “perde” alguém que lhe é amado, sinto uma angústia (que reside em mim) sufocar... Consigo entender, pelas beiradas o sentimento...

No fundo me tornei sensível às perdas dos outros, entendo alguma coisa do sentimento alheio... A verdade é que me abalo e a vida nem sempre me embala...

Mas, o que é perder?

Segundo alguns sites na internet perder é “deixar de ter”, “não possuir”, “ficar sem”...

Fico me perguntando o que perdemos pelo caminho? E o que ganhamos?

Não encontro resposta nenhuma, embora seja muito tempo em que penso nisso... No fundo, acabo afundando num poço de dúvidas que não possuem respostas: O que significa tudo isso? O que vem depois? Tudo tem hora marcada? Por quê?

Pensar nisso tudo só amplia os medos que têm sido apurados por mim... Porque quando você acha que está se curando, o cenário muda, o contexto é outro...

Sigo os mesmo passos, vou um pouco mais deprimida, com um pouco mais de medo, com a angústia pulando mais forte dentro de mim, com uma infinidade de “e se” borbulhando na minha cabeça...

Pergunto se foi à vida que me deixou assim? Pergunto quando foi que esqueci toda aquela coragem e resolvi me esconder em baixo da cama? Pergunto se eu não reagi? Ou se reagi ao contrário? Pergunto onde deixei a espontaneidade? O sonho? A saudade do que eu era?

Tenho vontade de chorar, de gritar aquilo tudo que me sufoca e aperta, mas eu continuo quieta, engulo a saliva...

Enfim, continuo com as perguntas sem respostas, continuo sem entender o que quer dizer cada momento, continuo... 

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