Tenho a necessidade de escrever,
mas não sei bem por onde começar...
A verdade é que hoje o dia não
começou muito fácil, ter de encarar os medos não é fácil...
Quando sei que alguém próximo “perde”
alguém que lhe é amado, sinto uma angústia (que reside em mim) sufocar... Consigo
entender, pelas beiradas o sentimento...
No fundo me tornei sensível às
perdas dos outros, entendo alguma coisa do sentimento alheio... A verdade é que
me abalo e a vida nem sempre me embala...
Mas, o que é perder?
Segundo alguns sites na internet
perder é “deixar de ter”, “não possuir”, “ficar sem”...
Fico me perguntando o que
perdemos pelo caminho? E o que ganhamos?
Não encontro resposta nenhuma,
embora seja muito tempo em que penso nisso... No fundo, acabo afundando num poço
de dúvidas que não possuem respostas: O que significa tudo isso? O que vem
depois? Tudo tem hora marcada? Por quê?
Pensar nisso tudo só amplia os
medos que têm sido apurados por mim... Porque quando você acha que está se
curando, o cenário muda, o contexto é outro...
Sigo os mesmo passos, vou um
pouco mais deprimida, com um pouco mais de medo, com a angústia pulando mais
forte dentro de mim, com uma infinidade de “e se” borbulhando na minha
cabeça...
Pergunto se foi à vida que me
deixou assim? Pergunto quando foi que esqueci toda aquela coragem e resolvi me
esconder em baixo da cama? Pergunto se eu não reagi? Ou se reagi ao contrário?
Pergunto onde deixei a espontaneidade? O sonho? A saudade do que eu era?
Tenho vontade de chorar, de
gritar aquilo tudo que me sufoca e aperta, mas eu continuo quieta, engulo a
saliva...
Enfim, continuo com as perguntas
sem respostas, continuo sem entender o que quer dizer cada momento, continuo...
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