domingo, 21 de outubro de 2012

A manhã de Toquinho...


Nesse domingo, depois um susto devido à mudança de horário de verão, consegui chegar a tempo de ver Toquinho, domando o violão, cercado pela Orquestra Sinfônica, no Concerto que dá as boas vindas à primavera e a fez, hoje, ser mais especial.

Enquanto Toquinho encantava eu relembrava das tantas tardes em que passei lendo os sonetos de Vinícius, vasculhando sobre a vida de Tom Jobim e da sua Bossa Nova, enquanto tinha como plano de fundo as canções resultantes de uma combinação que deu certo entre Vinícius e Toquinho.

Agora, Toquinho estava ali, na minha frente fazendo piada com a vida romanesca de Vinícius e enquanto ria-se eu pensava “ele era o poeta da paixão”, viveu todos seus amores tão intensamente e a sua maneira, tão ao seu modo... Com tanta sorte e devoção...

E relembrou Tom Jobim, e a mim sobrava à recordação vaga de ter visto, em algum lugar, Jobim sentado de frente ao um piano, ao qual se inclinava de cabeça baixa, entoando mais uma de suas canções... Hinos que não se acabam jamais...

O quão mágico foi cada canção, mesmo faltando “A sombra de um Jatobá”...

Agora, passado algumas horas busco em meio aos filmes e CDs antigos, aquele já empoeirado, que enquanto escrevo roda como trilha sonora de um domingo calmo e de boas rememorações...

“...E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então...”





Nenhum comentário:

Postar um comentário