sábado, 4 de agosto de 2012

E se...



Dias tão simples tornam-se gigantes pensamentos que se perfazem nas ironias da vida... Tão gigantes acabam por me perder nas palavras e a frase demora a ser montada... Depois de conversas vãs, risadas altas, projetos compartilhados ao redor da mesa, acabo por me fechar para reformular todas as adversidades, ironias, conversas findas e as não vindas...
E aquele, até recentes, esquenta esfria, sumir e aparecer, pegar e largar, afrouxar e puxar acabou agora, num despistar. E depois de tanto pensar, algumas coisas eu posso concluir, de forma provisória ou definitiva, não há mais o que possa me ferir. E de um infinito de igualdade, a diferença fatal, do seu medo de viver a minha ânsia pela vida, ânsia de sugar cada detalhe de cada dia.
Numa trilha de fugas, castelos de baralho, para cada carta uma desculpa. E na redoma aquele medo que isola e que é incapaz de escolher a rua sem muros, é o mesmo que não deixa encarar a distância relativa, e que afasta, é o que prefere sofrer sem saber o porquê, e que não terá alguém porque não é forte diante de ninguém. Eu tenho pena, mas eu sou uma ninguém...
Enquanto você se esconde por trás de dúvidas inventadas, eu prefiro inventar novos sonhos, novas paixões, novos caminhos, novas histórias, possíveis poesias da madrugada.
E hoje, depois de observar os caminhos a minha volta, as ruas e tantas rotas, eu apenas percebo o meu não pertencimento, a você, ao universo de angústias e de “não sei”... Do passado já houve as rupturas e lá não volto mais, os próximos dias reservam o infinito que não houve, jamais... Pode ser que eu caia no esquecimento, mas nem isso me dá medo, eu sou do vento, eu vou, eu volto, caio e levanto, perco a noite de sono chorando ou pensando, ganho passos da vida, ganho de presente a vida...
Se houve lágrima, haverá outra vez, mas minha liberdade permite ir além e ainda mais... E de repente, não mais que de repente, sinto-me tão liberta e tão leve, tão sem medo nem receio. E então, posso dizer que, por um momento, eu quero, somente, uma taça de vinho, um bom livro (do meu mundinho) e uma paixão sem freios...

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