quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rousseau e o Guarda...


Depois do descanso, da noite de sono, é hora de entregar ao papel as lições que há tempo esperavam, como paradas na esquina.
Chá quente e chove lá fora... Chove enquanto lembro-me do dia quente e de sol forte onde logo cedo, descubro no guarda as lições que li em Rousseau... Sim, enquanto muitos se perdem em livros e mais livros para ter algum ensaio sobre o comportamento humano, descubro na conversa de cinco minutos com o guarda os maiores ensinamentos do comportamento do homem.
Meus livros não perdem meu apreço por isso, jamais perderá... Mas os trilhares da vida, as conversas nos bares, o bom dia da faxineira, o até logo da costureira, o guarda, aí estão as melhores lições, àquelas que os mestres guardaram em obras, as mesmas a que nos debruçamos e referenciamos, com todo o respeito que merecem.
Mas aquele guarda, sem ler Rousseau, ou qualquer outro sábio, já dizia: o homem não se preocupa, não toma cuidado consigo mesmo, e por isso perde o respeito com os outros. É por isso que o mundo está assim, por não se reconhecer em si, não se reconhece no outro.
Assim meu dia foi salvo, e naquela conversa de cinco minutos eu tive o resumo de Rousseau, das horas em que estive debruçada sobre suas palavras.

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