quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nada...


Eu poderia morrer agora,
Como um pingo da chuva que toca a terra e some...
Eu poderia morrer,
Escondendo todo o medo,
Toda a dor,
 A solidão que preferi...
Eu busquei os passos solitários
Por calçadas abarrotadas,
Eu preferi a cadeira vazias,
As mãos livres,
Os sábados silenciosos,
E o cinema sem espectadores...
Não há problema com o que está vago
E o telefone desligado...
Quanto mais olhos para os lados,
Quanto mais ouço discursos incertos
E vejo abraços falsos,
Mais prefiro o cheiro dos livros,
O latido,
O miado do gato,
O silencio do dia,
A calmaria da noite,
A parede riscada...
A poesia que não diz nada...

Nenhum comentário:

Postar um comentário