sábado, 1 de outubro de 2011

Na hora do jantar...


É na hora do jantar, quando todos estão em silêncios, nos seus ruídos alimentares, enquanto bebo meu café forte e quente, que me lembro daquelas tardes de verão quente...
Beira do mar, cerveja na mão, fugindo do sol queimante, óculos escuros, calça jeans, tênis... Crer no inacreditável, fazer-se convencer naquilo que não era esperado, tornar a brincadeira a realidade do dia, levantar, caminhar, abraçar... Acreditar em histórias de amor, por algumas horas, mas acreditar.
Enquanto recolho a mesa, e guardo o alimento que amanhã será reposto, eu refaço aqueles dias na mesma calmaria que escolho livros. Ao recordar faço-a sem dor, sem arrependimento ou amor, sem paixão ou desilusão...
As noites que vieram eram noites prontas, já estavam definidas como a cor a ser usada no ano novo. Escrever memórias e amor que não existia eu sabia que assim seria. O fim da história já havia sido lido, eu só não recordava. Eu continuava adormecida.


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