O pássaro capturado,
Roubado do topo das árvores,
Deixou seu ninho abandonado...
Seu canto o vez prisioneiro?
Está trancafiado numa gaiola...
Bate as asas, mas não voa,
O céu não é mais seu...
O canto não foi cessado,
A tristeza o torna mais belo,
O desespero é a vigor do seu som.
Trancado,
Sem saber reconhecer a luz do dia,
Muralhado por livros velhos,
Por flores de papel,
Está cercado pela falsidade da vida,
Continua a cantar...
Canta sem esperança,
Canta, apenas, porque quer cantar...
O canto faz-se sopro de vida,
Onde vida não mais há.
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