Existe uma dúvida em mim, não sei se é unicamente minha.
Mas, de tempos em tempos, eu acordo de madrugada e
lembro de tudo que existiu, por um segundo...
Existe uma dúvida que ficou sem ponto final, nem
exclamação... No entanto, as vezes sou assombrada com uma grande
interrogação...
E num dia de sábado ensolarado e quente, eu bebo o chá
já frio da xícara e busco sinais de resposta entre as fotos e palavras
trocadas, escritas... Das frases feitas que decorei...
Não se trata de falta de amor próprio ou de ter
ficado no passado, parada no tempo. É que aqui, restaram porções de sentimento mal
explicados...
Existe uma dúvida e eu as multiplico enquanto troco
uma foto por outra em minhas mãos, enquanto escuto as canções que fiz serem
escutadas do outro lado do mundo...
Enquanto escrevo, fico na espera de uma resposta, que
talvez nunca chegue... Não passa de um toque de esperança. Não é a esperança de
que tudo acabe como nas novelas, mas de que se possa eliminar as interrogações e seguir,
sem acordar de madrugada e relembrar tudo sempre, pensando em como poderia ter sido e não foi.
Talvez você já
tenha esquecido tudo, tenha seguido a vida, eu também segui. Mas como uma
sonhadora inconsequente, que quer a vida intensamente, eu vou imaginar quando
me depararei com você, em alguma esquina, com a mão no bolso. E, de repente, eu saberei que tudo já passou, talvez aí poderei escrever uma carta com
ponto final...
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