Nesse
domingo, depois um susto devido à mudança de horário de verão, consegui chegar
a tempo de ver Toquinho, domando o violão, cercado pela Orquestra Sinfônica, no
Concerto que dá as boas vindas à primavera e a fez, hoje, ser mais especial.
Enquanto
Toquinho encantava eu relembrava das tantas tardes em que passei lendo os
sonetos de Vinícius, vasculhando sobre a vida de Tom Jobim e da sua Bossa Nova,
enquanto tinha como plano de fundo as canções resultantes de uma combinação que
deu certo entre Vinícius e Toquinho.
Agora,
Toquinho estava ali, na minha frente fazendo piada com a vida romanesca de
Vinícius e enquanto ria-se eu pensava “ele era o poeta da paixão”, viveu todos
seus amores tão intensamente e a sua maneira, tão ao seu modo... Com tanta
sorte e devoção...
E relembrou Tom
Jobim, e a mim sobrava à recordação vaga de ter visto, em algum lugar, Jobim
sentado de frente ao um piano, ao qual se inclinava de cabeça baixa, entoando
mais uma de suas canções... Hinos que não se acabam jamais...
O quão mágico
foi cada canção, mesmo faltando “A sombra de um Jatobá”...
Agora, passado
algumas horas busco em meio aos filmes e CDs antigos, aquele já empoeirado, que
enquanto escrevo roda como trilha sonora de um domingo calmo e de boas
rememorações...
“...E por
falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia
na noite dos bares de então...”