O medo amplia,
A solidão consente...
De transvestir-se em mil
amores
Acabou na nudez do corpo...
Se o mundo é ruim,
A escuridão do quarto será
aconchegante...
Se a vida acabou em ilusão,
A voz será fraca,
O grito acabará em choro do
desespero...
Se houve sonhos no passado,
Agora ficam todos guardados
em caixas
Enterradas no asfalto.
E o riso simples pertence à
criança que não cresceu,
Que só viu na pureza,
A melhor das visões...
Diante do espelho
A revolução é o que consola,
A realidade é sangue amargo
que escorre,
Pinga, pinta e queima.
A vida real é ferida aberta,
É a margem,
Barra que molda o corpo
E desenha a alma...
A canção é triste
E é feita da poesia...
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