Tudo
é muito estranho, e o estranho parece ser o melhor caminho diante de todas as
escolhas que poderiam ser tomadas.
Mas
é estranho que até pouco tempo atrás nada fazia sentido, e eu simplesmente
desviava da vida, arriscava a cabeça no muro, o travesseiro do lado errado,
dormir descoberta, beber de qualquer lata.
É
estranho que exista tanto do amor platônico, e eu ainda prefira a liberdade de
Rousseau... É estranho, mas agora me apego a vida, eu posso até estar sumida,
mas é estranho.
É
estranho que eu goste tanto do barulho que faço ao virar a página...
É
estranho que esteja sempre a um passo, mas o passo nunca chega...
De
repente é assim, algo faz sentido, mas tudo se desmorona aos poucos. E eu
simplesmente não consigo falar, porque o choro tranca minha garganta e eu
afogo.
É
estranho, você não entende e mesmo assim eu te quero, é estranho, você não sabe
que eu escrevo, é estranho...
Sim,
eu não terei filhos e a xícara de chá vai esfriar enquanto deleito-me em
páginas de pura sofreguidão.
A
vida segue, segue sem a minha calma... E minha falta de fé segue sendo a pura
perturbação...
É
estranho que em meio ao caos eu descubra, de repente, um sentido, que não fez
sentido porque não sei o que é, e mesmo assim faz...
E
eu quero ficar.
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