quarta-feira, 30 de junho de 2010

Divagação

18:41 exatamente, encontro-me jogada em meio a estantes de livros da biblioteca, na minha mente surge mais uma teoria, pensada no andar de uma semana tumultuada. Sim, divagação do meio da tarde, do amanhecer, filosofia vã que brota no soar de canções, de breves reflexões, de intensos momentos de isolação diante de mim. Enfim, gostaria de compartilhar com aqueles que andam errantes como eu, e algumas vezes tropeçam pelos endereços desses incompreendidos, abortando idéias. Por hoje a idéia que se apodera em mim é que:

“Pode ser que a vida não passe de um talvez”

Questiono-me sobre como alegar tal afirmação. E o mais belo é deixar tudo assim, interrogações, para que cada um possa imaginar e pensar sobre os "talvez" que trás em sim.
Talvez sim... ou não...

segunda-feira, 28 de junho de 2010



"A room without books is like a body without a soul."Cicero (106 BC - 43 BC)

"Uma sala sem livros é como um corpo sem alma."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago




Hoje, pela manhã, quando abri alguns sites de notícias levei sobressalto ao deparar-me com as manchetes: Morre, aos 87 anos, José Saramago.

Uma estranha sensação de vazio tomou-me. Pensar na vida, nas obras, nos livros que o primeiro Prêmio Nobel Português deixou. Ao que dizem esses mesmo sites, um expoente da literatura mundial que possui uma saúde frágil, morreu serenamente ao lado da família.

Não creio que palavras possam expressar, até mesmo significar algo. Afinal, não são todos que morrem, não completamente. Infinito torna-se diante das mágicas que arquitetou em cada livro, cada frase, cada palavra intensa.


Espaço Curvo e Finito

Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.


JOSÉ SARAMAGO.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ensaio Sobre a Cegueira



Bom esse post é dedicado ao amigo Marcelo, que está lendo a obra a que me remeto aqui. E minha sugestão de leitura para aqueles que ainda não leram.

O escolhido de hoje é o “Ensaio sobre a Cegueira”. Este é o primeiro livro que leio de José Saramago. Na verdade após uma longa resistência, resolvi adentrar-me no universo desse sábio mestre.

Ensaio sobre a cegueira é um dos mais conhecidos livros desse autor, uma vez que o mesmo já foi adaptado para o cinema. Julgo dizer que, com razão, o conteúdo dessa história é riquíssimo, e por muito fez colocar-me de frente a mim mesma e interrogar-me sobre a minha “visão”.

“Não há bem que sempre dure, nem mal que ature, ou, em versão literária, Assim como não há bem que dure sempre, também não há mal que sempre dure, máximas supremas de quem teve tempo para aprender com os baldões da vida e da fortuna, e que transportadas para a terra dos cegos, deverão ser lidas como segue, Ontem vimos, hoje não vemos, amanhã veremos, com um ligeira entoação interrogativa to terço final da frase, como se a prudência, no último instante, tivesse decidido, pelo sim, pelo não, acrescentar a reticência de uma dúvida à esperançadora conclusão.”

Ensaio sobre a Cegueira, relata sobre a repentina falta de visão, ou a visão branca que começa a atingir toda a população. Entretanto alguém continua a enxergar. Porque?

“levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo
onde talvez ainda exista uma alma(...)”

Em suas 309 páginas vamos descobrir sobre o bem e o mal presente em cada indivíduo, desvendando razões e sentimentos. Refletir sobre nossa própria cegueira.

“Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, como se tivesse a ver-lhes a alma (...) Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”
Até breve.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Elegância do Ouriço.




A Elegância do Ouriço.


O Livro A Elegância do Ouriço, escrito por Muriel Barbery, foi publicado em 2006, e logo ganhou milhares de leitores sendo uma obra contemporânea surpresa.
Sua temática refere-se aos habitantes de um condomínio rico e elegante de Paris, sendo uma história contada pela zeladora do prédio, mesclando-se com os pensamentos contidos no diário da jovem adolescente Paloma.
Divertido, envolvente, reflexivo, são algumas das características que ficou em mim sobre A Elegância do Ouriço.

Segue um trecho q me ganhou:


“Refletindo sobre isso, esta noite, como o coração e o estômago em migalhas, pensei que, afinal, talvez seja isso a vida: muito desespero, mas também alguns momentos de beleza em que o tempo não é mais o mesmo. É como se as notas de música fizessem uma espécie de parênteses no tempo, de suspensão, um alhures aqui mesmo, um sempre no nunca.”
“Sim, é isso, um sempre no nunca.”

Frase do Dia!



"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores."
(Charles W. Elliot)

domingo, 6 de junho de 2010

O Dia do Curinga!






O Dia do Curinga!

“Criaturas da imaginação saltam do espaço que cria para o espaço criado. Mágico tira figuras da manga do paletó e elas descobrem que têm vida própria. Criaturas são belas, mas todas perderam a razão, exceto uma.
Só o curinga do jogo não se deixa iludir.”



Quando resolvi criar o blog, logo veio a mente o livro “O Dia do Curinga”. Certamente, um dos melhores livros que já li. Narrativa fantástica criada por Jostein Gaarder. A história envolvente e repleta de pensamentos filosóficos relata a viagem à Grécia de Hans Thomas, um garoto de 12 e de seu pai, um homem apaixonado por filosofia. Juntos, eles desejam encontrar a mãe e esposa que à muito, os abandonou. Pelo caminho coisas estranhas vão acontecendo: um pequenino livro, uma lupa, pães...
Como Hans Thomas envolve-se aos mistérios que o cercam eu também fui sendo enlaçada pelo mundo fantástico criado em “O dia do Curinga”. Segue oito motivos para ler “O Dia do Curinga” (contribuição de Marco Antônio).


Seguem 8 motivos para ler "O Dia do Curinga":

1. "Deus está lá no céu e ri das pessoas que não acreditam nele."

2. "Sim, eu pareço ser o corpo do mundo."

3. "Existem cerca de cinco bilhões de pessoas neste planeta. Mas a gente acaba de apaixonando por uma pessoa determinada e não quer trocá-la por nenhuma outra."

4. "Quando a gente entende que não entende alguma coisa é que a gente está prestes a entender tudo."

5. "Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele."

6. "Na Terra, a vida pulsa de forma desordenada, até que um belo dia nós somos modelados... com o mesmo e frágil material de nossos antepassados. O sopro do tempo nos perpassa, nos carrega e se incorpora a nós."

7. "Enquanto somos crianças, ainda possuímos a capacidade de experimentar intensamente o mundo à nossa volta. Com o passar do tempo, porém acabamos por nos acostumar com o mundo. Ser criança e se tornar adulto é como embebedar-se de sensações, de experiências sensoriais."

8. "Nem tudo o tempo reduz a pó. Sempre há um curinga no baralho, que atravessa os séculos fazendo seus malabarismos sem perder um dente de leite sequer."