terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Não me deixe esquecer...


Quem resolveu mudar tudo sem avisar? Quem decidiu trocar os lugares? Colocar em outro lugar, quando queríamos tudo aqui?

Se eu pudesse mudar algo, decidir algo, colocar as coisas nos lugares que quero, eu pularia essa época, eu viveria tudo de novo e continuaria vivendo com a intensidade de tudo aquilo que só se vive uma vez...

Se eu fosse capaz, eu veria o sol se pôr de novo, de lá e sem choro...

Porque o que eu queria era não me perguntar dia após dia, como teria sido... Como a vida seria se tudo tivesse sido diferente, como não foi... Qual será a fisionomia, por quais ruas, em qual cidade, estaria andando...

Não foi... Já perdi a conta do choro reprimido, do aperto no peito, das noites de insônia, de todo sentimento (incompreendido) que guardo escondido em mim...

Tudo seria diferente se não fosse uma manhã de sol quente...


Posso dizer que aprendi a viver com as marcas feitas em mim, mas, por favor, não me deixe esquecer o som da voz, a mão, o riso, a forma de olhar o mundo, a calma de falar... Não me deixe esquecer... 

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