E de repente,
Sem previsão,
Nem demora,
A angústia transborda
O medo vem sem ter hora...
E no momento que exige
A coragem se dissipa,
Vira pó...
Eu quero abrir a porta
Sair de pressa, correr e só...
Depois do agora,
Passadas as horas
Eu já nem sei se é sonho ou fantasia;
Projeto de vida ou vaidade...
Se a terra onde piso
É viagem ou realidade...
Se vou ou se fico,
Se seguro forte ou desisto,
Já não vejo nítido no horizonte
Os trilhos, o caminho...
Descaminhos...
Na garganta o gosto azedo,
É a angústia
Daquilo que não tem fala...
Eu digo não
E desfaço o castelo construído
Na areia macia.
Eu digo não,
E assopro,
O castelo de cartas cai.
Por Daísa Rizzotto Rossetto
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