sexta-feira, 4 de julho de 2014

A poesia de volta...


Nas estantes
As ideias já foram esgotadas...
Livros foram esquecidos em baixo do mofo,
É o resultado do inverno chuvoso...

Lá fora eu não lembro o que acontecia.
Já não lembro como são feitos os dias...
Nas esquinas não vejo pintada a poesia,
A rua foi destruída...

Aqui dentro não há canção,
O silêncio se quebra com o latido do cão...
A poesia não está na mão,
Deu lugar as queimaduras e uma fatia de pão...

A poesia já não existe mais em minhas mãos (???).
Retorno, remexo, rasgo tantos versos feitos,
Perco a conta de quantas xícaras de café eu preparo do balcão.
Eu perco a conta de quantos versos foram desfeitos...

Eu deito, não durmo...
Cubro-me do frio, me iludo...
Respiro buscando vida,
Acordo em dúvida...

Não quero perguntas,
Não tenho respostas...
Quero a poesia bater na porta,
Quero sentir na pele o vento que sopra...
Preciso (logo) sentir a vida de volta... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário