Nas estantes
As ideias já
foram esgotadas...
Livros foram
esquecidos em baixo do mofo,
É o resultado
do inverno chuvoso...
Lá fora eu
não lembro o que acontecia.
Já não
lembro como são feitos os dias...
Nas esquinas
não vejo pintada a poesia,
A rua foi destruída...
Aqui dentro
não há canção,
O silêncio
se quebra com o latido do cão...
A poesia não
está na mão,
Deu lugar as
queimaduras e uma fatia de pão...
A poesia já
não existe mais em minhas mãos (???).
Retorno, remexo,
rasgo tantos versos feitos,
Perco a
conta de quantas xícaras de café eu preparo do balcão.
Eu perco a
conta de quantos versos foram desfeitos...
Eu deito,
não durmo...
Cubro-me do
frio, me iludo...
Respiro
buscando vida,
Acordo em
dúvida...
Não quero
perguntas,
Não tenho
respostas...
Quero a
poesia bater na porta,
Quero sentir
na pele o vento que sopra...
Preciso
(logo) sentir a vida de volta...
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