"A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."
(Arthur
Schopenhauer)
No início da noite saímos passear com a
Julieta.
Caminhamos pelo centro da cidade, no fim do
passeio Julieta parecia cansada e por isso o Lauro resolveu pegá-la no colo, já
que estávamos próximos de casa.
Seguimos conversando sobre as preocupações
profissionais quando de súbito, fui surpreendida com um garotinho que andava de
bicicleta e que se dirigindo ao Lauro, disse: Tio, posso passar a mão nesse
cachorrinho?
Fui
tomada por uma alegria...
Lauro, disse que sim, desde que tomasse cuidado,
pois, como a Julieta ainda é uma “filhotona” nós não sabíamos como poderia
reagir.
Ela, por sua vez, tentou cheirar o menino e
logo começou a abanar o rabo.
Quando já estávamos seguindo nosso caminho
consegui ouvir o garoto, que contava alegremente para sua mãe que tinha passado
a mão num cachorro.
Acabei lembrando-me de uma canção que diz: “Ensinem
os seus filhos, ensinem a ter compaixão.”
Pensei, que se fossemos capazes de compaixão
aos animais, seríamos capazes, de como esse garoto, ver a vida animal com
respeito, com igualdade, com o valor que lhe é cabível, mas que nossa visão
antropocêntrica foi incapaz de reconhecer. Se tivéssemos compaixão, seríamos
portadores de afeto (como foi o menino) a todos os animais e não apenas a
alguns. Teríamos, mais do que um forma racional, sensibilidade e, aí sim, poderíamos,
não sermos reconhecidos como superiores, mas iguais aos animais não humanos.
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