domingo, 7 de abril de 2013

Para dar a mão e não soltar....



À noite chuvosa trouxe de volta,
O que nunca deixou de estar presente...
Riso no lábio,
Dissipação do que era saudade,
Palavras,
Mãos dadas,
Cuidado...

Perder o tempo
Depois de se perder na cidade
Que desenhamos o futuro.
Sem medo do escuro,
Ouvi o gato que miava astuto,
Marquei todos os detalhes,
A suavidade dos dedos,
A luz cega do poste...

Os dias ficaram contentes,
O drama se vez comédia,
O riso seguiu pela tarde,
Entre cócegas suaves
E abraços apertados...

Entre o lugar feito de livros
E o café com sorvete,
Envelope simples envolvendo frases feitas ouro...
Em letra de forma
O pedido que não precisa resposta.
Mãos dadas é o segredo do cofre...

A promessa livre,
A liberdade de comprometer-se,
Em dar a mão e não soltar,
Ir juntos,
Não deixar a flor plantada no peito murchar...

A vida prega peças
E eu achei a peça do quebra-cabeça,
O raio de sol de luz intensa,
O filme que sempre faz rir,
O conforto do chão,
O passeio feito com emoção,
A simplicidade que faz bem...

O inesperado fez-se feliz,
Sem pranto,
Sem muro ou desencanto...
Com encanto, canto e lhe conto,
Que a música não desentoa,
E quando chegar ao final recomeça,
E sonha e ama...
E lhe canta no colo,
No lado,
Na esquina enquanto espera para atravessar...

Se tiver que esperar a semana,
Se haverá dias de comprar farinha
E de fazer piada do garçom,
De beber suco estranho,
Voltar e refazer o caminho,
Dar a volta,
Que seja sem largar a mão,
Que seja de pés que vão juntos,
Lado a lado,
Na companhia,
Porque para essa poesia,
Eu recuso usar ponto final...


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