Se antes tudo permanecia em
silêncio,
Dançando sozinho, no escuro,
Fechando os olhos,
Esquecendo o mundo...
Se antes, a angústia fazia
barulho,
O dia era cinza escuro,
A poesia refletia a incompreensão
do todo,
Descaminho confuso...
Antes, eram dias pensados,
Casos pensados,
Fluxo sintetizado,
Sobrava nada para o amanhã...
Foi ontem...
Hoje é pôr do sol vermelho,
Acordar e ser o primeiro
pensamento,
Aproximar o travesseiro,
Sonhar a dois,
Fazer o mundo com a paleta de
cores
Que juntos se aponta...
Foi longe,
Não houve medo de chamar,
De pegar o ônibus e encontrar...
Tão cedo, fui capaz...
Tão logo,
O coração quis palpitar,
A fala tentou segurar,
Mas o fim da tarde veio
Para apoiar no ombro e falar,
Dizer que é isso... Amar...
Porque quer cuidar,
Fazer feliz,
Ver chegar,
Não deixar partir...
Sem mais,
Volto a acreditar...
A vida fez o trilho,
Segui...
Porque você é o meu lugar...
É onde quero estar...
É você,
Porque a flor do mundo
Nasce no momento certo de nascer,
Não morre,
Não se perde...
E a vida é assim,
Uma caixinha de surpresas,
Que quando abre é pra mostrar,
O que é sinônimo de amar:
Arrumar a flor da lapela,
Olhar na noite agitada,
Deitar do lado,
Esperar acordado,
Preparar o café,
Ser um romântico cômico
Testando receita,
Indo buscar.
E assim,
Dedicar as mais simples palavras,
Os mais sinceros versos,
Ter saudade,
Cantar-lhe e dedicar à manhã de
sol...
A vida é mesmo assim,
Fênix que queima e faz cinza
O que nunca existiu...
Mas que devolve, na mão,
No instante exato,
A essência, a verdade,
Aquilo que sempre fez parte de si,
Que volta para si...
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