segunda-feira, 25 de março de 2013

Facetas (ou caretas)...


Num instante:
Estou indo...
Veio, esteve aqui...
Eu continuei sem entender...
Sentei de frente,
Falei como nunca antes,
Sorri, ri, contei,
Olhei...
Daquela noite quente,
Do bar de boa música
E de tantas pessoas e seus copos,
Retorno à memória,
Capto o que não voará da caixinha de lembrança:
 Reflexo de sentir sua mão tocando o braço,
Armadura de proteção
Para o descuidado que esbarrava...
Tão sutil, tão simples,
Tão seu,
Retalho do tempo que agora é meu...
 É, daquela noite, continuamos rindo,
Porque, de repente,
Singelamente,
Como num ataque de espontaneidade,
A face se mostrou em trejeitos engraçados,
Mesmo sem nariz de palhaço:
Boca torta, olhos virados...
O riso incontido veio mesmo assim,
Espontâneo e livre...
Como o outono que chega
E revela a mudança do tempo,
Faz-se sem medo...
Já posso sorrir de longe,
A mão, eu não espero soltar,
Não há porque virar as costas,
Sumir, fugir...
O jeito é ver o por do sol,
Fazê-lo colorido,
Vermelho...
O inesperado fez o quebra-cabeço completo...
Perfeito...

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