Num instante:
Estou indo...
Veio, esteve
aqui...
Eu continuei
sem entender...
Sentei de
frente,
Falei como
nunca antes,
Sorri, ri,
contei,
Olhei...
Daquela
noite quente,
Do bar de
boa música
E de tantas
pessoas e seus copos,
Retorno à
memória,
Capto o que
não voará da caixinha de lembrança:
Reflexo de sentir sua mão tocando o braço,
Armadura de
proteção
Para o
descuidado que esbarrava...
Tão sutil,
tão simples,
Tão seu,
Retalho do
tempo que agora é meu...
É, daquela noite, continuamos rindo,
Porque, de
repente,
Singelamente,
Como num
ataque de espontaneidade,
A face se
mostrou em trejeitos engraçados,
Mesmo sem
nariz de palhaço:
Boca torta,
olhos virados...
O riso
incontido veio mesmo assim,
Espontâneo e
livre...
Como o
outono que chega
E revela a
mudança do tempo,
Faz-se sem
medo...
Já posso
sorrir de longe,
A mão, eu
não espero soltar,
Não há
porque virar as costas,
Sumir, fugir...
O jeito é
ver o por do sol,
Fazê-lo
colorido,
Vermelho...
O inesperado
fez o quebra-cabeço completo...
Perfeito...
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