domingo, 3 de fevereiro de 2013

Para depois do voo...



Não sei as respostas do universo,
Sei da sonoridade da canção que toca, retoca,
Repete milhões de vezes, como na noite passada,
Quando a luz estava apagada...

Os versos feitos sob a insônia se perderam,
Deixados na madrugada,
Dizimados, não foram alimentados,
Lá ficaram...

E eu tomo posse da música para que possa lhe dizer,
Porque a minha poesia não é capaz de assim o fazer,
E de alguma forma,
Quero que saiba:
Estou tentando fazer você sentir o meu amor...

Tão distante e tão esquiva sou tão incapaz e tão pequena,
Não consigo esticar o braço e tocar no resto,
Nem na mão macia...

Então, eu volto e visto a poesia...
Porque emocionalmente sou sua,
Serei...

Irei lamentar, mas mesmo assim,
Aceitar seu labirinto de dúvidas,
Porque sentimentalmente serei sempre sua.

E na minha calma resignada vou rezar
Pelo seu voo alto rumo ao topo do mundo,
E eu vou rezar para que você possa ter, 
A cada dia,
Alguém que lhe faça sentir o amor,
E que possa amar sem dúvida,
Sem divida,
Sob a luz divina,
Que avistará brilhando sobre a neblina,
Na colina, no topo,
Depois do voo...

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