quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Não entra e não vê...



É estranho, ou não, pensar como o coração pode se destruir aos poucos?
Pertencendo ao passado não faço parte do presente, ao tempo de agora, ao hoje, ao minuto, ao instante...
Distante de tudo dei-se ao luxo do desapego, escolhi o caminho mais escuro, até fácil, cômodo, mas nem por isso menos frio, sem aconchego, nem acolhimento...
Eu sei quais são as dores, os lugares que doem e optar pelo silêncio nem sempre significa a insignificância...
Ainda sei das escolhas que faço e do rumo que tomo, dos braços que me desprendo, de como viro as costas e das canções que ouço...
Conheço todas as marcas que trago no corpo, registradas a ferro quente na alma... Eu sei e só eu sei o que trago de dias que se foram pra nunca mais voltar e eu sei o que é Amar, e ver o pedaço da sua alma ir e nunca mais voltar...
Se eu peço desculpas ou se digo que não vai mais dar, eu sei...
Ninguém há de lembrar, vou como sombra... E agora opto pelo café, sozinha no quarto que já escurece, na janela ficaram os pingos da chuva já cessada, e na estante estão os livros, o consolo, o reflexo da própria vida...
 E eu não tenho mais o que dizer, nem mais o que saber, nem mais o que sentir... Eu nunca parti, porque nunca estive aqui...

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