segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O voo da poesia...


O não já está aqui, na mão...
Mas ainda posso dizer que não,
Deixo tudo no ar,
Abro o armário,
Devo por na rua tantos retalhos escondidos!

A coruja pousou na janela,
Entregou o recado,
E voou...
Sinal de que devo me levantar,
Vou juntar as folhas espalhadas pelo chão,
Vamos espalha-las pelos postes da cidade,
Pelo ônibus,
Pelas calçadas,
Vamos devolvê-las ao poeta.

É hora de deixar nascer o poeta
E deixar que o mundo tome-se pelas suas mãos
E dance no embalo da nova arte,
De uma nova estrofe sem rima,
Que tenta voar como uma pequena coruja de asas frágeis...

Deixamos que a coruja leve para longe,
Tantas dúvidas e falsas promessas,
É só tentar, crer num “quem sabe”,
Agora é hora,
Não há por que olhar para trás...
E a poesia já esperou o suficiente,
Mas toca agora a badalada final,
Vai alçar voo...
Sem demora...

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