quinta-feira, 14 de junho de 2012

Como?...


Como poderia acreditar no amor,
Se quem prometeu voltar, não voltou...
Se o resto ficou em Roma,
E coisas ficaram espalhadas em tantos lugares...
Se quem disse que seria para sempre,
Viajou para outra dimensão,
Disse adeus no carro,
Foi e não regressou...
Como poderei crer no amor?
Dando as costas,
Preferindo o esquecimento,
O isolamento,
O caminhar no caminho do sol no silencio...
Como acreditar no amor,
Se os trilhos fáceis são sempre o trem que todos escolhem...
Como crer no amor,
Diante do terror da distância,
É tão fácil tocar o que está ao lado...
Da falta do tato, do toque,
Fica tudo na imagem da lembrança.
O romantismo é a herança dos livros,
As declarações pertencem às canções,
E são poetas os únicos capazes de loucuras...
Porque acreditar?
Porque escolher? Optar?
Para quem chorar?
Ou porque sonhar?
Porque ter a janela aberta e querer voar?

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