O desespero me consome,
Não consigo escrever,
Não consigo chorar...
Tenho aflorado em minha pele clara
Todas as misturas e gostos
Que ao longo dos dias eu esqueci
Num baú distante do coração...
Beijei de olhos fechados
Por saber que não havia sentido nenhum...
Outro alguém eu beijei e sorri,
Foi inevitável sorrir...
E agora tudo se parte,
A canção para,
O copo quebra,
O corpo enrijece
E o verão começa...
E eu mastigo todas as minhas dores,
Mastigo para senti-las melhor,
Para não esquecer essas lágrimas fracas
De uma mendiga ansiando pela vida...
Vou esperar o inverno chegar,
Vou estar na janela
Mesmo sabendo que ninguém ira chegar...
Depois do fim, não há nada,
Será como sempre foi,
Minha poesia mal dita,
Meus pensamentos malditos
Uma vida medíocre bendita...
Minha ilusão, meu chão,
Um adeus
E minha sempre solidão...
... Só vim dizer adeus...
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