sábado, 25 de junho de 2011

De Madri


Hoje eu seria capaz
De escrever a poesia
Mais angustiante e intensa
Mergulhada na escuridão do quarto,
Em meio às folhas
E discursos que desconheço...
Eu nada conheço...
Eu peço calmaria
À minha tempestade.
Pingos de tinta colorida
Nos bonecos de palitos,
Apagando os seres vivos
Para, quem sabe, assim,
Sentir o que a vida
Roubou-me, em discreto...
Eu quero a vida
Que não quero...
Quero a essência da dúvida,
Eu sou a dúvida da essência...

Um comentário:

  1. Aquilo que a vida nos rouba não nos pertence,o único conforto reside no facto de, tal como as ondas do mar, esperar que a vida traga sempre de volta tudo aquilo que nos levou.

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