As músicas vão se misturando,
Não consigo decifrar qualquer que seja...
O dia clareou
E as dores da noite voltaram na mesma intensidade
Desse sol ardente de longos dias sem chuva...
Eu tomo longos goles do café forte e espumoso que fiz
E recordo agora, suavemente,
Como num tilintar,
De ver você vindo em minha direção,
Veio sem eu esperar,
Pisando na areia grossa,
Com calças compridas,
Como se estivesse na região metropolitana...
E dessas cenas de filmes eu fecho os olhos e tento fugir,
Tento alterar as estações.
Eu fecho os olhos,
Escondo-me no escuro para não sentir os olhos esbugalhados,
Avermelhados pela droga que não usei...
Eu caio na pior delas...
Estou nao rua recolhendo pedras de sabão,
Estou recolhendo os espinhos
Das flores sem verão,
Estou catando os pedaços de mim
Que deixei espalhados pela cidade antiga...
Lugares onde te beijei, abracei...
Perco-me entre uns goles fortes,
E proclamo mais uma poesia triste,
Que me faz lembrar a sina que é minha,
E só minha...
E a poesia aponta
Que mesmo eu insistindo em três pontos,
Será sempre ponto final...
Nenhum comentário:
Postar um comentário