quinta-feira, 21 de abril de 2011

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Vida bandida

Dos que adormecem à tarde

Levam consigo o futuro que aborto...

Calmaria bendita que faz meu ser parar...

Falta-me a loucura do passado,

A insensatez juvenil,

A ânsia por oxigênio,

O vicio, o amor, o pecado...

Falta o entardecer dentro de um carro desgovernado,

Rumando ao sol,

Esquecendo as palavras,

Criando a criança imaginaria

No futuro que não virá...

Virá...

Meu exercito de flores, cantarei as canções de amor,

Enquanto o filme mudo segue...

Segue...

Estou aqui a seguir,

Pelo caminho dos alagados,

Pela estrada em que não passam carros,

Eu caminho por entre matos e pássaros

É por onde desejo caminhar...

É exatamente aqui que devo estar.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

O que serei?




O que serei?


Quero a vida doce em versos

Enquanto me debulho em lágrimas...

Minha vida boemia de volta,

Minha tranquilidade interna,

A devastação externa que consome meu corpo

Vai correndo aos poucos pelas minhas veias

Que levam toda a intensidade necessária para fazer-me andar...

Essa é a vida que agora vivo,

Que um dia vivi...

Que a loucura seja constante, em cada passo,

Cada rabisco, cada gole e cada beijo...

Que seja a saudade a alegria nostálgica do que fui

E não voltarei a ser...

O que serei?

O que serei?

O que serei?

Alguém é capaz de saber?

Eu não sei, não quero saber, não tenho a pretensão de descobrir...

Eu nunca serei,

Não serei nada além do que sou...

Um vento suave, uma brisa gelada, um vendaval...

Serei algo passageiro, que voltará ou não...

Que será ou não...

domingo, 17 de abril de 2011

!!!!



Eu vi a terra parar,


Eu comecei a girar,


Girar, girar,


Um giro eu dei...


Vi minhas noites tornarem-se dias,


E meus pés dançarem...


Olhei fundo e senti os abraços...


Eu vi a vida mudar,


A música recomeçar...


Eu vou cantar enquanto minha voz me deixar,


Dar meus passos


Enquanto minhas pernas suportarem.


Eu desenho as estradas


Que só eu sou capaz de andar de pé no chão.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Três Pontos...


Maldito mundo esquecido

Que me faz escrava das angustias noticiadas...

Mundo bandido que rouba meu ar

E carrega almas insanas...

Vasto mundo de extraterrestes

Que não sabem de onde vem

E seguem o curso da multidão...

Triste mundo dos que mal sabem a verdade,

E perdem-se em meio a tiros e bombas

E julgam conhecer o caminho...

Que se salvem as rosas do chão

Enquanto deixo beber dos meus olhos

As crianças que não nascerão...

Já dei as costas aos longos gritos,

Ei de me preocupar com o silencio...

E a noite em meio a soluções e gemidos...

O que me aguarda é uma guerra sem armas,

Um riso sem causa,

Que verei

Enquanto todos os outros estão na frente da TV

Chocados com o ordinário,

Acreditando que tudo fora do seu lugar é lindo...

Eu quero chorar sem enganar,

Eu quero paz para os inocentes

Que não tem causa...

Eu almejo um hino

Em que todos saibam que no seu refrão

Há a sua proteção garantida.

Eu quero ter uma mão em meu rosto,

Depois de esbravejar a angustia que carrego em mim,

O medo que o mundo provoca numa alma frágil,

Eu sonho diferente, de ponta cabeça, sem os pés no chão...


Daísa Rizzotto Rossetto - 11/04/2011

domingo, 10 de abril de 2011


"Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente idéia."

(A Garota das Laranjas, p. 110 - Jostein Gaarder)