No céu, urubus rondam do alto a cidade...
Nas ruas, soa a canção triste enquanto eu passo,
Pelos meus porros exalo os receios e os traumas,
Ao meu redor grades altas de medo que impedem de sair...
Sou pássaro viajante,
Nômade de lugar nenhum.
Estando aqui quero estar lá,
Se estivesse lá estaria pensando que felicidade,
Estaria, ainda, em outro lugar...
Ela segue por lugar algum...
Mas se quero ir embora?
Sim eu quero fugir daqui,
Seguir sem mala,
Sem lenço na mão,
Os documentos ficam ao chão...
Quero voltar para a Terra do Nunca,
Pegar o trem que andava pelo subúrbio,
E eu ficava olhando a paisagem correndo pela janela
Enquanto outros dormiam no ombro...
Eu não sou daqui,
O sentido se desfez,
A ânsia se desfaz,
A poesia me alimenta em doses homeopáticas,
Eu não sei qual será a próxima fuga,
Serei sempre pronta para partir.
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