sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A Primeira...

Durante o dia choveu constante,
O vento voltou gelado
E o casaco saiu do armário...
Enquanto debruçava-me sobre folhas
E mais folhas de uma vida,
Repensei tantas outras...
Chutei a lata de tinta,
Manchei o chão,
Colori a parede branca...
Enchi a cabeça com pontos de interrogação
E por fim,
Optei continuar com meus fiéis três pontos...
Para cada história,
Uma nova história,
Antigos enredos remodelados no contexto do agora...
Palavras que cri que jamais retornariam,
Voltaram na segunda, agora...
Os filmes ficam guardados,
As poesias aguardam na memória...
Cartas se perdem, cartas se acham...
Viagens dos meus contos, dos teatros,
No palco de panos claros...
Enquanto o tempo dança,
Eu aprendo novos passos,
Vou entrando no compasso,
Esqueço os que me deixaram ao pó...
Eu caminho, troco o ritmo.
Número par...
Eu prefiro impar,
Prefiro dança sem par...
Na casa abandonada,
Eu escrevo o romance do livro invisível...
Eu quero que a poesia vire música,
Que o conto, vire novela...
Que as noites mal dormidas, tornem-se boemias.
E enquanto os príncipes andam de cavalos brancos,
Eu fico na sacada,
Debruçada vendo o cão que ladra...
 Eu fico a mercê da sonoridade,
Dançando na sintonia que é só minha,
Eu danço enquanto o silêncio fala,
Que o mundo cala...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário